1941 – 1978: Renovação e Criatividade
No pós-guerra, a Baixa portuense volta a fervilhar de gente ávida de ver o belo e o exclusivo. Na Rua 31 de Janeiro ficam célebres as montras da Ourivesaria Cunha. Com a entrada de Jacinto Machado o negócio cresceu visivelmente, quer pela sua enorme carteira de clientes quer pelas modernas técnicas de comunicação. Pinto da Cunha, que já nessa época tinha uma noção avançada de relações-públicas, passou-se então a acompanhar por Jacinto Machado para todo o lado, incentivando-o a uma convivência com potenciais clientes. A ascensão social beneficiou desde logo o negócio, mercê das ligações que mantinham com a alta burguesia portuense. As constantes viagens pela Europa, de comboio, em especial a Paris, onde ia comprar directamente pedras preciosas e procurar inspiração para o desenho das suas peças, tinham feito de ambos, homens cosmopolitas e de gostos requintados. À morte de Pinto da Cunha em 1957, dá-se a transferência para a dinastia Machado. E a renovação da imagem da loja.